"PORQUE ONDE ESTIVER O TEU TESOURO, ALI ESTARÁ O TEU CORAÇÃO". Mt 6,21

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Natal em um mundo que vive como se Deus não existisse...

Por ser um tema tão atual, uma indagação tão atual, achei apropriado dar um destaque nesta reflexão feita pelo Santo Padre, no dia 20 de dezembro de 2006 numa audiência geral, onde ele refletiu sobre o sentido do Natal em um mundo que vive como se Deus não existisse. Aqui está somente o trecho final da reflexão, onde o Papa faz a pergunta e a responde. Toda a reflexão foi traduzida por http://www.zenit.org/
Eis parte do texto da Reflexão:

"Mas a pergunta é: a humanidade de nosso tempo ainda espera um Salvador? Dá a impressão de que muitos consideram que Deus é estranho a seus próprios interesses. Aparentemente não têm necessidade d’Ele, vivem como se Ele não existisse e, pior ainda, como se fosse um «obstáculo» que deve ser tirado de meio para poder realizar-se. Inclusive entre os crentes, estamos seguros, alguns se deixam atrair por sedutoras quimeras e distrair por enganosas doutrinas que propõem atalhos ilusórios para alcançar a felicidade. E, contudo, apesar de suas contradições, angústias e dramas, e talvez por causa destes, a humanidade de hoje busca um caminho de renovação, de salvação, busca um Salvador e espera, em certas ocasiões inconscientemente, a chegada do Senhor que renova o mundo e nossa vida, a chegada de Cristo, o único Redentor verdadeiro do homem e do homem completo. É verdade, falsos profetas continuam propondo uma salvação «barata», que acaba sempre por provocar duras decepções. Precisamente a história dos últimos cinqüenta anos demonstra esta busca de um Salvador «barato» e manifesta todas as desilusões que se derivaram disso. Nós, cristãos, temos a tarefa de difundir, com o testemunho da vida, a verdade do Natal, que Cristo traz a todo homem e mulher de boa vontade. Ao nascer na pobreza do presépio, Jesus vem para oferecer a todos a única alegria e a única paz que podem satisfazer as expectativas do espírito humano. Mas, como podemos preparar-nos para abrir o coração ao Senhor que vem? A atitude espiritual da espera vigilante e orante continua sendo a característica fundamental do cristão neste tempo de Advento. É a atitude que caracteriza os protagonistas de então: Zacarias e Isabel, os pastores, os magos, o povo simples e humilde, mas, sobretudo, a espera de Maria e de José! Estes últimos, mais que nenhum outro, experimentaram em primeira pessoa a emoção e a trepidação pelo Menino que devia nascer. Não é difícil imaginar como passaram os últimos dias, esperando abraçar o recém-nascido entre seus braços. Que sua atitude seja a nossa, queridos irmãos e irmãs. Escutemos, neste sentido, a exortação de São Máximo, bispo de Turim, já antes citado: 'Enquanto nos preparamos para acolher o Natal do Senhor, revistamo-nos com vestes nítidas, sem mancha. Falo do traje da alma, não do corpo. Não temos de vestir-nos com vestes de seda, mas com obras santas! Os vestidos luxuosos podem cobrir as partes do corpo, mas não adornam a consciência'" (ibidem).
E, por fim, o Santo Padre, como sempre, deixa uma mensagem de esperança:
"Que o Menino Jesus, ao nascer entre nós, não nos encontre distraídos ou dedicados simplesmente a decorar de luzes nossas casas. Decoremos mais em nosso espírito e em nossas famílias uma digna morada na qual Ele se sinta acolhido com fé e amor. Que a Virgem e São José nos ajudem a viver o Mistério do Natal com uma nova maravilha e uma serenidade pacificadora".

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