"PORQUE ONDE ESTIVER O TEU TESOURO, ALI ESTARÁ O TEU CORAÇÃO". Mt 6,21

quinta-feira, 25 de março de 2010

A Santa Mãe de Deus - A Anunciação


No dia 25 de Março, a Igreja celebra um anúncio muito importante... Naquele momento, começou, para todo o mundo, o tempo tão esperado o tempo bendito da Redenção: A Anunciação do Anjo a Maria que ela seria a Mãe do Salvador...

Lc 1,26-38; Mt 1,18-24.

Quando alguém está para nascer sobre a terra, ninguém sabe disso antes; ninguém sabe quem será e o que fará. Entretanto, mais de quatro mil anos antes, já se sabia que ia nascer o Salvador do mundo Jesus! Ainda que pudesse descer com glória e majestade, com um grande rei, rodeado de legiões de Anjos, estava predito que nasceria de uma humilde Virgem, num lugar e num tempo determinados. Tudo isto foi dito na profecia. E, esse tempo foi ansiosamente esperado pelos povos!

Até em Roma, o poeta Virgílio, tinha falado de um menino que devia nascer para trazer sobre a terra um reino imperecível de ouro e de paz. Mas, especialmente os hebreus, sabiam que, depois de muitos e muitos anos, devia aparecer o Messias. E, afinal, a grande vinda estava para cumprir-se.

Já tinha nascido em Nazaré a jovenzinha preescolhida para ser a Mãe Santíssima de Jesus. Deus não escolheu as filhas dos reis, não deu sua graça àquelas que habitavam palácios suntuosos, ou que sabiam as artes e as letras; não. Seus olhos pousaram em uma incomparável, mas desconhecida jovem hebréia.

Era pobre, sem aparência vã, sem cultura; sua beleza e seu valor porém, estavam na alma. Era órfã; seus pais, Joaquim e Ana, já tinham morrido.

Pouco sabemos de sua infância. A tradição diz que fora educada no Templo, onde cantava com sua delicada voz os louvores do Senhor e onde crescera no amor de Deus. Ela amava a Deus muito e muito. Seu coração transbordava também de amor pelos homens e rezava ardentemente, para que o Senhor mandasse o Libertador prometido. Era tão humilde, tão humilde, que nunca imaginou que poderia ser ela a “bendita entre todas as mulheres”.

Entretanto, vivia em Nazaré, modesta, trabalhadeira, e tão pura, que fazia inveja aos próprios Anjos! Deus, como ela devia ser Mãe do seu Filho divino, derramara sobre ela todas as graças do Céu. Sua alma era imune de toda a mancha de pecado. Era toda bela, toda santa: era imaculada! E seu nome era lindo e nobre: chamava-se Maria, que significava, especialmente, Senhora, Princesa.

Maria queria viver só para Deus, a quem tinha oferecido o puríssimo lírio da sua virgindade.

Apesar disso, segundo a lei daquele tempo, foi obrigada a casar-se com um jovem santo, e justo, chamado José. Era seu parente e devia tomá-la sob sua tutela, porque era órfã.

Quanto amava aquela jovem assim tão bela e tão delicada, que protegia e, ao mesmo tempo, respeitava seu voto ardente, de se manter sempre virgem!

Era noiva, mas, enquanto esperava a celebração do matrimônio, vivia em casa de uma boa parenta, absolutamente alheia às honras que Deus queria dar-lhe.

Eis que um dia apareceu-lhe um Anjo, o Arcanjo Gabriel, que a saudou com estas palavras:

- “Ave, cheia de graça, o Senhor é convosco, sois bendita entre as mulheres!”

As estas palavras ela se conturbou, porque não sabia o que pensar daquela saudação. E o Anjo disse:

- “Não temas, ó Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Tu serás a Mãe de um Filho ao qual porás o nome de Jesus. Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo”.

Aquela humílima e santíssima virgenzinha não podia crer naquelas tão grandes palavras. Mas, o Anjo explicou que o Espírito Santo tinha operado aquele prodígio, porque nada é impossível a Deus. Então Maria disse:

- “Eu sou escrava do Senhor. Faça-se em mim segundo a sua palavra”.

Naquele momento, começou, para todo o mundo, o tempo tão esperado o tempo bendito da Redenção. Começou numa habitação tão pobre e escura, que, pela sua miséria, só se poderia comparar a um casebre. Começou da parte de Deus pela sua infinita misericórdia, e, da parte dos homens, pelo consentimento de uma ilibadíssima, santíssima e humilíssima Virgem.

José, entretanto, que de nada sabia, foi avisado pelo Anjo e, logo, com profunda veneração, tomou Maria em sua casa. Ele pensava em tudo com o mais delicado amor e com o mais puro afeto virginal.

Agora, Maria Santíssima é a Rainha do Paraíso, mas, naquele tempo, sobre a terra, era grande, unicamente, aos olhos de Deus. O mundo não a conhecia, nem cuidava dela.

As aparências enganam e a verdadeira grandeza, a verdadeira riqueza, é aquela que dura sempre diante de Deus.

A saudação dirigida a Maria pelo Arcanjo, era a saudação do próprio Deus. Vocês dizem sempre esta saudação a Maria, isto é, à Mãe de Jesus? Dizem com veneração e afeto, com carinho e amor?

Pensem que, a cada minuto, esta dulcíssima saudação sobe da terra ao céu milhares e milhares de vezes.

Passando diante das imagens e dos tabernáculos de Maria, digam com toda a alma:

- “Ave Maria!”
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O mundo foi feito por meio do Verbo, mas o mundo não o conheceu (Jo 1,10).
O Verbo veio para o que era seu e os seus não o acolheram (Jo 1,11).
A todos aqueles que o acolheram, aos que acreditaram no seu Nome, o Verbo deu o poder de ser tornarem filhos de Deus (Jo 1,12).

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