"PORQUE ONDE ESTIVER O TEU TESOURO, ALI ESTARÁ O TEU CORAÇÃO". Mt 6,21

sábado, 3 de abril de 2010

A Sepultura Está Vazia - Jesus Ressuscitou!



Mt 28, 1-8; Lc 24,1-12; Jo 20,1-10

Como foi triste aquela Páscoa para os discípulos de Jesus! Todo o mundo em alegria e eles, como que fulminados por um raio!

Não só não estavam mais com o Divino Mestre, mas nem mesmo podiam visitar sua sepultura. Luto, pois e desconforto.

É verdade que Jesus, muitas vezes assegurara que, depois de três dias, ressuscitaria; mas o seu desânimo era tal, que agiam como se ele não ressuscitasse jamais! Quem está sob o peso de uma grande dor, merece grande complacência, porque quase não pode coordenar as ideias.

Na noite depois do Grande Sábado, isto é, depois do dia da Páscoa, as piedosas mulheres velavam, esperando a madrugada. Não só porque tivessem uma vaga esperança de encontrar seu Senhor ressuscitado, mas também para embalsamar com mais vagar, seu Sagrado Corpo.

Estava ainda escuro, quando Maria Madalena, a mais ardente, já caminhava pela estrada. As outras ainda não tinham tudo preparado, para o piedoso ofício.

Maria Madalena chegou perto da tumba e viu a pedra removida. Horrorizou-se porque, em vez de pensar na ressurreição, imaginou logo uma profanação, um furto do Corpo de Jesus. E, como fora de si, se pôs a correr para a cidade. Encontrou Pedro e João e disse-lhes:

- “Tiraram o Senhor da sepultura e não sei onde o puseram!”

Verdadeiramente, ninguém podia levar o corpo de Jesus. Havia lá guardas e soldados. Os sacerdotes e os outros tinham obtido isso de Pilatos, porque disseram: “Aquele sedutor”, tendo dito que ressuscitaria os discípulos, à noite, podiam subtrair-lhe o Corpo e depois, fazer acreditar naquela mentira.

Naquele momento, porém, não havia ninguém junto ao sepulcro. Onde estavam os guardas? Fugiram todos, precipitadamente e tremendo! Foram tomados de grande espanto, quando ouviram, como que um rumor de terremoto e viram diante deles um Anjo fulgurante de luz! Ele fizera rolar a pedra e sentara-se sobre ela!

Entretanto, Madalena corria para os Apóstolos, as outras mulheres, que estavam em caminho, diziam:

- “E agora, quem nos removerá aquela grande pedra?”

Mas, não, não era mais preciso, porque, chegando, viram o sepulcro aberto! Maravilhadas, mas não satisfeitas, espiaram dentro. O Corpo do Senhor não estava mais lá! Não sabiam o que dizer, nem o que fazer, quando, de repente, viram um Anjo vestido de branco e fulgurante! Baixaram os olhos vacilantes; e o Anjo lhes disse:

- “Não temais! Sei que vós procurais Jesus, aquele que foi crucificado. Não está mais aqui, ressuscitou como disse! Eis o lugar crucificado. Não está mais aqui, ressuscitou como disse! Eis o lugar onde puseram. Ide depressa contar isto aos seus discípulos. Ele está ressuscitado e os espera na Galiléia. Lá o vereis, como vos disse”.

Elas, cheias de temor e de alegria ao mesmo tempo, saíram para dar a notícia aos Apóstolos.

Nesse meio tempo, Pedro e João, sabendo por Madalena o fato do túmulo vazio, não perderam tempo. Puseram-se a correr para vê-lo. João chegou primeiro porque era mais jovem, entretanto, ficou fora, esperando Simão Pedro. Chegando Pedro, entraram e viram as faixas por terra e o sudário, que estava ao redor da cabeça de Jesus, bem dobrado num lugar separado.

Então começaram a compreender a Escritura, que dizia, justamente, que Jesus devia ressuscitar dos mortos e voltaram para casa.

Em Jerusalém, entre os Apóstolos e discípulos do Senhor, havia grande confusão. Quase nenhum queria creditar nos fatos. Pensavam que era efeito da imaginação, própria das mulheres.

Vejam, amigos, como muitas vezes não conseguimos persuadir-nos de coisas importantíssimas e muito consoladoras.

Antes, quando Jesus dizia que, em Jerusalém, ele seria traído, flagelado, coberto de escarros e levantado sobre a Cruz, os Apóstolos não o compreenderam e não lhe deram crédito senão depois que, verdadeiramente, o viram preso a conduzido à morte. Depois, quando os consolava, repetindo que ressuscitaria, e estaria de novo no meio deles, eles não fizeram caso; só a evidência dos fatos lhes abrira, finalmente, os olhos.

Meditem com muita atenção nas palavras do divino Mestre e digam-lhe: Esclarece, ó Senhor, a minha mente, para que eu possa compreender e me lembrar sempre dos teus Santos ensinamentos.

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