De fato, eis que viram aparecer no céu uma nova estrela
muito brilhante e compreenderam que aquele Rei tinha nascido. Puseram-se logo a
caminho com seus servos e camelos, levando consigo os presentes mais finos do
seu país. Não pensaram nas dificuldades da viagem nem a incerteza do lugar. Haveriam
de encontrá-lo, certamente, pois a estrela os guiaria. Caminharam, caminharam
muito e, finalmente, chegaram em Jerusalém.
Mas, naquela cidade ninguém cogitava do nascimento do
Messias e eles ficaram desanimados. A estrela também tinha desaparecido!
Decidiram pois apresentar-se ao rei Herodes. Mas, ele também
não pensava absolutamente, no Salvador dos judeus. Entretanto, ouvindo aqueles
nobres visitantes, tornou-se muito apreensivo e toda a Jerusalém com ele.
Herodes, então, reuniu apressadamente, os Príncipes dos
sacerdotes e os Escribas do povo, para saber deles, onde devia nascer o Cristo;
e responderam-lhe:
- “Em Belém de Judá”.
Sabendo disto, o rei Herodes chamou às escondidas os Magos e
quis saber, minuciosamente, como e quando tinham visto a estrela e depois
disse:
- “Ide, informai-vos cuidadosamente sobre o Menino e, quando
o encontrardes, avisai-me para que vá adorá-lo também”.
Herodes disse isso fingidamente, porque tinha um coração cheio
de inveja. Entretanto os Magos deixaram o reino e retomaram o caminho. Eis que
apareceu de novo a estrela! Vendo aquela luz, encheram-se de contentamento e não
sem tiram mais os aborrecimentos da viagem. Teriam que andar, quem sabe quanto
tempo, pensavam. Mas, ao contrário, depois de poucas horas, a estrela parou no
lugar onde estava o Menino.
Não viram palácios, nem cortesãos, nem servos. Não havia nem
mesmo os Anjos, que apareceram aos pastores. Mas, entrando na pequena casa,
nada encontraram a não ser um Menino com sua Mãe muito jovem ainda. Imediatamente
conheceram, que Aquele era o Menino Jesus, com Maria Santíssima e caíram de
joelhos diante dele, curvando a fronte até o chão.
Depois abriram seus presentes e lhe ofereceram ouro, incenso
e mirra, isto é, as riquezas e os perfumes do seu país. Aqueles dons podiam ter
também um significado simbólico: o ouro, oferta dada ao rei; o incenso a Deus e
a mirra simbolizando o sofrimento.
Com que amor teria Jesus olhado para aqueles homens santos e
generosos e, que belo não teria sido o sorriso de Maria Santíssima!
Não sabemos bem quem são e quantos foram os Magos. O evangelista
S. Mateus, que nos conta este os chama de Magos, isto é, Sábios ou Grandes. A tradição,
habitualmente, conta três, cujos nomes seriam: Melquior, Gaspar e Baltazar. Os pintores
pintam este último como rosto escuro, como o de um árabe.
Entretanto, os Magos deviam voltar para Jerusalém, a fim de
avisar Herodes, mas, em sonho foram aconselhados pelos Anjos a não passarem
mais por aquele rei mau, e, tomando outro caminho, voltaram para seus países.
O Menino Jesus, entretanto, não estava fora de perigo,
porque Herodes logo mais viria a saber onde ele estava. Por isso o Anjo
apareceu também a José, à noite e lhe disse:
- “Levanta-te, toma o Menino e sua Mãe e foge para o Egito e
fica lá, até que eu avise”.
José levantou-se, imediatamente e partiram.
Nesse meio tempo, Herodes, que era um rei crudelíssimo, que
tinha até mandado matar o próprio filho, vendo que os Magos não lhe tinham dado
atenção, suspeitou ainda mais. Cheio de furor, ordenou que todos os meninos
nascidos em Belém, de dois anos para baixo, fossem horrendamente trucidados! Pobres
inocentes! E pobres mães! Foi, certamente, uma grande dor, mas brevíssima,
porque agora são glorificados no céu e na terra. São as flores e os pequeninos
mártires de Jesus. Não há morte mais preciosa, que a de morrer por nosso
Redentor.
No horizonte da sua vida, meus amigos, despontou a estrela
que os chama para os pés do Salvador. Sigam-na e vençam todas as dificuldades
para chegar até ele e encontrá-lo nos braços da sua doce Mãe.
Ajoelhem-se e digam: - “Dou-te todo o meu coração, ó Jesus,
e ofereço-te minha vida”.
Quem se consagra a Jesus será grande e terá a glória eterna.
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