"Jesus fracassou? Com certeza, não teve sucesso no
sentido em que o tiveram César ou Alexandre Magno. De um ponto de vista
puramente terreno, inicialmente pareceu que tinha fracassado: morreu, foi
abandonado por quase todos e condenado pelas suas palavras.
A resposta do povo
à sua mensagem não foi adesão, mas crucifixão.
Diante de um final assim,
teremos de reconhecer que "sucesso" não é um dos nomes de Deus e que
não é cristão basear-se em sucessos externos ou em números. Os caminhos de Deus
são diferentes dos nossos: o seu sucesso vem pela Cruz e está sempre sob esse
sinal.
Se dirigirmos o olhar para trás e observarmos a História,
teremos de dizer que o que nos impressiona não é a Igreja daqueles que tiveram
sucesso: a Igreja dos Papas senhores do mundo [com poder temporal] ou a Igreja
daqueles que tiveram de enfrentar o mundo.
A Igreja que nos impressiona e que
nos leva a crer é a Igreja dos sofredores, a Igreja que perseverou com
fortaleza e nos dá esperança. Ainda hoje essa Igreja é o sinal de que Deus
existe e de que o homem não é só um fracasso, mas pode ser salvo".
(Cardeal Joseph Ratzinger in ‘Il Dio vicino’ pag.36)
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