O Papa Francisco é compreendido
na medida em que se compreende o Evangelho.
Em Mateus 5, 1-12, Jesus dá as
normas para seguirmos. Ele fala de mansidão, de paz, de não vivermos de pagar o
mal com o mal. As Bem-Aventuranças deveriam ser, por nós, lidas e meditadas
para podermos compreender a difícil missão do Papa Francisco. Não é nada fácil
lidar com um mundo que não reconhece Jesus Cristo como Deus. Tudo o que o Santo
Padre faz é com cuidado, amor, respeito, mansidão, para que não se quebrem os frágeis
laços de ‘diálogos’ com quem pensa diferente de nós. O Papa Francisco está
tentando nos fazer ver que é possível conviver com essas diferenças sem que nos
afastemos da Igreja. Ele não está alterando nada, ele está compartilhando o
Amor de Deus com o próximo, mostrando, com seus gestos, que é possível conviver
em harmonia, seja com quem for. Isso pode causar incompreensões, porém, Jesus é
Pastor do mundo inteiro, não somente dos que creem Nele. Aqueles que creem
continuam fazendo o que lhes é pedido, o que lhes cabe fazer; porém, aos que
não comungam conosco, a mesma fé, devem ser tratados como esta Fé propõe. O
Papa Francisco é coerente com a Fé e faz com que enxerguemos que precisamos
sofrer junto com a Humanidade, com os que pensam como nós e com os que não
pensam como nós. Porque estamos um pouco mais próximos de Jesus Cristo, não
significa que nosso irmão não possa estar. Não cabe a nós esse julgamento, este
parecer. Simplesmente, façamos a nossa parte, como ovelhas que seguem o Pastor,
sem deixar de confiar que Jesus cuida de todos e somente Ele vai separar o joio
do trigo. Não nós. É isso que o Papa Francisco tomou para si, nessa missão,
deixar que o Espírito Santo conduza sua senda com a suavidade própria Dele e
não o contrário, que nós conduzamos o Espírito Santo com nossa rudeza e
injustiças. Quando o Papa diz que não julga uma pessoa de boa vontade que fala
com Deus, que pede alguma coisa a Deus, está correto. O julgamento não cabe a
nós. A nós cabe o testemunho. Eu confio no Papa Francisco, penso que ele está
buscando tratar o Homem como Deus quer que seja tratado: com Amor e Respeito,
com Mansidão e Sabedoria. Esse será o legado que este Papa nos deixará. Sem contudo
deixarmos, nós, de sermos católicos de verdade, de coração, por opção.
Iza Maria
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