"PORQUE ONDE ESTIVER O TEU TESOURO, ALI ESTARÁ O TEU CORAÇÃO". Mt 6,21

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Pecado Contra o Espírito Santo - detalhado...

1º - Desespero da salvação, ou seja, quando a pessoa perde as esperanças na salvação de Deus, achando que sua vida já está perdida. Julga, assim, que a misericórdia de Deus é mesquinha e por isso não se preocupa em orientar sua vida para o bem. Perdeu as esperanças em Deus; é quando a pessoa, como Judas, não pede perdão porque considera que Deus é incapaz de perdoá-lo. E não pedindo perdão, não é perdoado;
2º - Presunção de salvação sem merecimentos, ou seja, a pessoa cultiva em sua alma uma vaidade egoísta, achando-se já salva, quando na verdade nada fez para que merecesse a salvação. Isso cria uma fácil acomodação a ponto da pessoa não se mover em nenhum aspecto para que melhore. Se já está salva para que melhorar? – pode perguntar-se. Assim, a pessoa torna-se seu próprio juiz, abandonando o Juízo Absoluto que pertence somente a Deus; é quando, por soberba, a pessoa se julga já salva, e, por isso, se recusa a pedir perdão a Deus;
3º - Negar a verdade conhecida como tal, ou seja, quando a pessoa percebe que está errada, mas por uma questão meramente de orgulho, não aceita: prefere persistir no erro do que reconhecer-se errada. Nega-se assim à Verdade que é o próprio Deus; é quando o pecador de tal modo se entrega conscientemente à mentira a ponto de acabar acreditando nela e, por isso, recusa até a evidência da verdade. Era o pecado dos fariseus que viam Cristo fazer milagres, e os negavam, apesar de vê-los. Não havia então modo de convertê-los;
4º - Ter inveja das graças que Deus dá aos outros, ou seja, a inveja é um sentimento que consiste primeiramente em entristecer-se porque o outro conseguiu algo de bom, independentemente se eu já possua aquilo ou não. É o não querer que a pessoa fique bem. Ora, se eu tenho inveja da graça que Deus dá a alguém, estou dizendo que aquela pessoa não merece tal graça, me tornando assim o regulador do mundo, inclusive de Deus, determinando a quem deve ser dada tal ou tal coisa; é, ter raiva de que Deus, por amor, tenha dado alguma graça a outros, e não a nós. Desse modo se odeia a bondade de Deus, que é o Espírito Santo;
5º - Obstinação no pecado, ou seja, é aquela teimosia, a firmeza, a relutância de permanecer no erro por qualquer motivo. Como o Papa João Paulo II disse, é quando o homem “reivindica seu pretenso ‘direito’ de perseverar no mal – em qualquer pecado – e recusa por isso mesmo a Redenção”; o pecador cai em pecado, se arrepende e é reintegrado; o ímpio obstinadamente não aceita abandonar sua situação de pecado;
6º - Impenitência final, ou seja, é o resultado de toda uma vida que rejeita a ação de Deus: persiste no erro até o final e recusa arrepender-se e penitenciar-se. Configura-se essa impenitência quando a pessoa recusa o perdão de Deus na hora da morte, rejeitando, de forma ímpia, os sacramentos.
Antônio Mesquita Galvão
Canoas/RS - 436 textos - 9 e-livros

2 comentários:

Anônimo disse...

Dona Iza, vejo que continua escolhendo a dedo as matérias, ainda bem graças a Deus.
O texto em questão na minha opinião é excelente, não só para uma reflexão pessoal, mas também para um trabalho de grupo. Não sei se concorda, mas fazendo uma analise aprofundada, em algum momento da vida (não generalizando), já nos deixamos levar por um dos parágrafos descritos.
Ainda bem que a grande misericórdia de Deus nos resgata e nos devolve a vida plena.
Parabéns mais uma vez do seu irmão/amigo Ricardo (33catolico.blogspot.com), fique na paz de Deus e sob a proteção da Sagrada Família.

Iza Maria disse...

Ricardo, realmente lhe dou toda a razão, em alguns momentos de nossa vida, nos encontramos num estado de afastamento de nosso Deus... Mas, sabe, esta imagem que pus bem na abertura do Blog: Ele abrindo os braços..., é o meu eterno consolo... Fique em paz e obrigada pela força. Que a Sagrada Família nos proteja, nos dê ânimo, alegria e perseverança...