"PORQUE ONDE ESTIVER O TEU TESOURO, ALI ESTARÁ O TEU CORAÇÃO". Mt 6,21

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

11. Concílio do Latrão III (1179)

A luta da Igreja medieval contra os Imperadores, de um lado, e contra males internos, de outro lado, prosseguiu mesmo após os Concílios anteriores.
Alexandre III teve um pontificado longo (de 1159 a 1181), durante o qual quatro antipapas se sucederam por instigação dos Imperadores germânicos, especialmente de Frederico I Barbarroxa (1152-1190). Eram Vitor IV (1159-64), Pascoal III (1164-68), Calisto III (1168-78). Inocêncio III (1178-80). Durante o mesmo pontificado agravou-se o movimento dos Cátaros ou Albigenses, hereges dualistas, que assolavam regiões do Norte da Itália e do Sul da França.
No final do seu pontificado Alexandre III quis reunir um Concílio Ecumênico pra tomar as providências exigidas pelas circunstâncias. Tal assembléia se reuniu na basílica do Latrão de 5 a 19 de março de 1179. Entre outras medidas promulgadas então, destacam-se:


- a regulamentação das eleições papais: doravante seriam exigidos 2/3 dos votos, ficando excluído qualquer recurso de autoridades leigas para dirimir dúvidas oriundas no processo eleitoral;

- rejeição do acúmulo de benefícios ou funções dentro da Igreja por parte de uma só pessoa;

- recomendação da disciplina da Regra aos monges e aos cavaleiros regulares, que interferiam indevidamente no governo da Igreja;

- promoção e organização do ensino, em favor de estudantes que não pudessem pagar seus mestres.

- condenação das heresias da época, que tinham um fundo dualista (catarismo) ou de pobreza mal entendida (a Pattária, o movimento dos Pobres de Lião ou Valdenses).

O Papa Alexandre III confirmou as decisões do Concílio.

Dom Estêvão Bettencourt O.S.B.

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