"PORQUE ONDE ESTIVER O TEU TESOURO, ALI ESTARÁ O TEU CORAÇÃO". Mt 6,21

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

15. Concílio de Viena-França (1311-12)

O Papa Clemente V (1305-1314) teve que enfrentar o rei da França Filipe IV o Belo, que representava, na época, o surto do absolutismo dos monarcas independentes do Sacro Império Romano.
O rei cobiçava os bens da Ordem dos Templários. Esta era constituída por cavaleiros que, mediante votos religiosos, se consagravam a Deus e se comprometiam a defender os peregrinos da Terra Santa. No fim do século XIII os Templários haviam perdido a sua finalidade específica de cavaleiros; enriquecidos por doações, começaram a provocar a ambição do rei. Este então pôs-se a pressionar o Papa, levando-lhe acusações contra os Templários, a fim de obter a extinção da Ordem. Clemente V, não querendo assumir a sós a responsabilidade de tal atitude, convocou para 16 de outubro de 1311 o Concílio Ecumênico de Viena (França); o local se deve ao fato de que os Papas residiam em Avinhão desde 1305. – A assembleia se reuniu até 6/05/1312. Acabou cedendo às instâncias da situação criada pelo rei, declarando supressa a Ordem dos Templários. Estiveram na pauta conciliar também os Franciscanos, dos quais uma corrente, dita “dos Espirituais”, alimentava ideias exageradas ou mesmo heréticas sobre a maneira de viver a pobreza. O franciscano Pedro Olivi foi outrossim condenado por sua doutrina, que admitia no ser humano elementos intermediários entre a alma e o corpo.

O Papa Clemente V confirmou as decisões do Concílio.
Dom Estêvão Bettencourt O.S.B.

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