"PORQUE ONDE ESTIVER O TEU TESOURO, ALI ESTARÁ O TEU CORAÇÃO". Mt 6,21

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

1. Concílio de Nicéia I (325)

O primeiro Concílio Ecumênico foi o de Nicéia I, reunido de 26/05 a 25/07) 325.

Desde o século II, os cristãos voltaram a sua atenção para as verdades da fé reveladas pelo Evangelho, procurando penetrar-lhes o sentido. Sem dúvida, uma das que mais se impunham à reflexão dos fiéis, era a questão do relacionamento de Jesus Cristo com Deus Pai ou com o único Deus (revelado no Antigo Testamento): seria Jesus realmente Deus ou apenas criatura?
Após correntes que concebiam Jesus como inferior ao Pai, o presbítero Ario de Alexandria em 312, começou a ensinar que o Logos (ou Filho) era, como criatura, subordinado ao Pai; daí os nomes de sua escola: arianismo ou subordinacionismo.
O Imperador Constantino, que concedera a paz aos cristãos mediante o Edito de Milão em 313, quis contribuir para a solução da controvérsia teológica assim originada, convocando um Concílio universal para Nicéia (Ásia Menor) em 325.
O Papa S. Silvestre, idoso como era, fez-se representar na assembleia, dando-lhe a autoridade legítima. Os padres conciliares, após acalorados debates,

1) Definiram que o Filho de Deus é consubstancial (homoousios) ao Pai – o que significa que não é criado, mas compartilha a essência do Pai (ou a Divindade). Esta verdade foi expressa no Símbolo de Nicéia;2) Fixaram a data de Páscoa, que seria celebrada no primeiro domingo após a primeira lua cheia da primavera;3) Estabeleceram a ordem de dignidade dos Patriarcados: Roma, Alexandria, Antioquia, Jerusalém.O Papa S. Silvestre confirmou as decisões do Concílio.
Dom Estêvão Bettencourt O.S.B.

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