"PORQUE ONDE ESTIVER O TEU TESOURO, ALI ESTARÁ O TEU CORAÇÃO". Mt 6,21

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

2. Concílio de Constantinopla I (381)

Após a controvérsia sobre a Divindade do Logos, os cristãos se voltaram para a do Espírito Santo: houve quem professasse ser o Espírito Santo mera criatura. O arauto principal desta tese foi Macedônio, bispo de Constantinopla; donde o nome de Macedonismo ou Pneumatomaquismo que lhe foi dado. O Imperador Teodósio (379-395), zeloso da reta fé, houve por bem convocar novo Concílio Ecumênico, desta vez para Constantinopla. Esta assembléia reuniu-se de maio a julho de 381. Firmou três decisões principais:

1) O Espírito Santo é Deus, da mesma substância que o Pai e o Filho. Em consequencia, o Símbolo de fé Niceno foi completado com as palavras:

“Cremos no Espírito Santo, Senhor e fonte de vida, que procede do Pai, que é adorado e glorificado com o Pai e o Filho e que falou pelos Profetas”.

2) Foram condenados todos os defensores do arianismo sob qualquer das suas modalidades.

3) À sede de Constantinopla ou Bizâncio foi atribuída uma preeminência sobre as demais logo após a de Roma, pois Bizâncio era considerada “a segunda Roma”.

O Concílio de Constantinopla I não contou com a presença do Papa ou de algum legado deste. Todavia foi reconhecido explicitamente pela Sé de Roma a partir do século VI, no que concerne às suas proposições de fé (Divindade do Filho e do Espírito Santo).
Dom Estêvão Bettencourt O.S.B.

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