"PORQUE ONDE ESTIVER O TEU TESOURO, ALI ESTARÁ O TEU CORAÇÃO". Mt 6,21

terça-feira, 2 de março de 2010

Profissão de Fé... Papa Paulo VI - 13-14-15-16


Dando continuidade:

pronunciada pelo Sumo Pontífice Paulo VI diante da Basílica de São Pedro, no dia 30 de junho de 1968, ao encerrar-se o chamado Ano da Fé e o 19º centenário do martírio dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo.
13 – Cremos no Espírito Santo, Senhor que dá a vida e que com o Pai e o Filho é juntamente adorado e glorificado. Foi Ele que falou pelos profetas e nos foi enviado por Jesus Cristo, depois de sua ressurreição e ascensão ao Pai. Ele ilumina, vivifica, protege e governa a Igreja, purificando seus membros, se estes não rejeitam a graça. Sua ação, que penetra no íntimo da alma, torna o homem capaz de responder àquele preceito de Cristo: Sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai celeste. 13
14 – Cremos que Maria Santíssima, que permaneceu sempre Virgem, tornou-se Mãe do Verbo Encarnado, nosso Deus e Salvador, Jesus Cristo; 14 e que por motivo desta eleição singular, em consideração dos méritos de seu Filho, foi remida de modo mais sublime, 15 e preservada imune de toda mancha do pecado original; 16 e que supera de longe todas as demais criaturas, pelo dom de uma graça insigne. 17
15 – Associada por um vínculo estreito e indissolúvel aos mistérios da Encarnação e da Redenção, 18 a Santíssima Virgem Maria, Imaculada, depois de terminar o curso de sua vida terrestre, foi elevada em corpo e alma à glória celestial; 19 e, tornada semelhante a seu Filho, que ressuscitou dentre os mortos, participou antecipadamente da sorte de todos os justos. Cremos que a Santíssima Mãe de Deus, nova Eva, Mãe da Igreja, 20 continua no céu a desempenhar seu ofício materno, em relação aos membros de Cristo, cooperando para gerar e desenvolver a vida divina em cada uma das almas dos homens que foram remidos. 21
16 – Cremos que todos pecaram em Adão; isto significa que a culpa original, cometida por ele, fez com que a natureza comum a todos os homens, caísse num estado no qual padece as consequências dessa culpa. Tal estado já não é aquele em que no princípio se encontrava a natureza humana em nossos primeiros pais, uma vez que se achavam constituídos em santidade e justiça, e o homem estava isento do mal e da morte. Portanto, é esta natureza assim decaída, despojada do dom da graça que antes a adornava. Ferida em suas próprias forças naturais e submetida ao domínio da morte, é esta que é transmitida a todos os homens. Exatamente neste sentido, todo homem nasce em pecado. Professamos pois, seguindo o Concílio de Trento, que o pecado original é transmitido juntamente com a natureza humana, pela propagação e não por imitação, e se acha em cada um como próprio. 22
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13. Cfr. Mt 5,48.
14. Cfr. Conc. Éfeso: Denz-Sch. 251-252
15. Cfr. Conc. Vat. II, constu. dogm. Lumen Gentium, 53.
16. Cfr. Pio IX, bula Inefabilis Deus: Acta p. 1 vol. 1 p. 616.
17. Cfr. Lumen Gentium, 53.
18. Cfr. Ibidem, n. 53,58, 61.
19. Cfr. const. apost. Munificentissimus Deus: AAS, 42 (1950) 770.
20. Lumen Gentium, 53, 56, 61, 63; Paulo VI, aloc. na conclusão da 3ª sés. do Conc. Vat. II: AAS, 56 (1964) 1016; exort. apost. Signum Magnum: ASS, 59 (1967) 465 e 467.
21. Cfr. Lumen Gentium, 62; Paulo VI, exort. apost. Signum Magnum: AAS, 59 (1967) 468.
22. Cfr. Conc. Trid. ses. 5, decr. De Pec. orig.: Denz-Sch. 1513.

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