"PORQUE ONDE ESTIVER O TEU TESOURO, ALI ESTARÁ O TEU CORAÇÃO". Mt 6,21

segunda-feira, 1 de março de 2010

Profissão de Fé... Papa Paulo VI - 10-11-12



Dando continuidade:

pronunciada pelo Sumo Pontífice Paulo VI diante da Basílica de São Pedro, no dia 30 de junho de 1968, ao encerrar-se o chamado Ano da Fé e o 19º centenário do martírio dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo.

10 - Cremos, portanto, em Deus Pai que desde toda a eternidade gera o Filho; cremos no Filho, Verbo de Deus que é eternamente gerado; cremos no Espírito Santo, Pessoa increada, que procede do Pai e do Filho como Amor sempiterno de ambos. Assim nas três Pessoas divinas que são igualmente eternas e iguais entre si, 9 a vida e a felicidade de Deus perfeitamente uno superabundam e se consumam na superexcelência e glória próprias da Essência incriada; e sempre se de venerar a unidade na Trindade e a Trindade na unidade. 10
11 – Cremos em Nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus. Ele é o Verbo eterno, nascido do Pai antes de todos os séculos e consubstancial ao Pai, homoousios to Patri. Por Ele tudo foi feito. Encarnou por obra do Espírito Santo, de Maria Virgem, e se fez homem. Portanto é igual ao Pai, segundo a divindade, mas inferior ao Pai segundo a humanidade 11 absolutamente uno, não por uma conclusão de naturezas (que é impossível), mas pela unidade da pessoa. 12

12 – Ele habitou entre nós, cheio de graça e de verdade. Anunciou e fundou o Reino de Deus, manifestando-nos em si mesmo o Pai. Deu-nos o seu mandamento novo de nos amarmos uns aos outros como Ele nos amou. Ensinou-nos o caminho das Bem-aventuranças evangélicas, isto é: a ser pobres de espírito e mansos, a tolerar os sofrimentos com paciência, a ter sede de justiça, a ser misericordioso, puros de coração e pacíficos, a suportar perseguição por causa da virtude. Padeceu sob Pôncio Pilatos. Cordeiro de Deus que carregou os pecados do mundo, e morreu por nós pregado na Cruz, trazendo-nos a salvação pelo seu sangue redentor. Foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia pelo seu próprio poder, elevando-nos por esta sua ressurreição a participarmos da vida divina que é a graça. Subiu ao céu, de onde há de vir novamente, mas então com glória, para julgar os vivos e os mortos, a cada um segundo os seus méritos: os que corresponderam ao Amor e à Misericórdia de Deus irão para a vida eterna; porém os que os tiverem recusado até a morte serão destinados ao fogo que nunca cessará. E o seu reino não terá fim.
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9. Símbolo Quicumque: Denz-Sch. 75.
10. Ibidem.
11. Ibid. n. 76
12. Ibidem.

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