"PORQUE ONDE ESTIVER O TEU TESOURO, ALI ESTARÁ O TEU CORAÇÃO". Mt 6,21

sexta-feira, 5 de março de 2010

Profissão de Fé... Papa Paulo VI - 26-27



Dando continuidade:


pronunciada pelo Sumo Pontífice Paulo VI diante da Basílica de São Pedro, no dia 30 de junho de 1968, ao encerrar-se o chamado Ano da Fé e o 19º centenário do martírio dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo.



26 - A única e indivisível existência de Cristo nosso Senhor, glorioso no céu, não se multiplica mas se torna presente pelo Sacramento, nos vários lugares da terra, onde o Sacrifício Eucarístico é celebrado. E depois da celebraçao do Sacrifício, a mesma existência permanece presente no Santíssimo Sacramento, o qual no Sacrário do altar é como o coraçao vivo de nossas igrejas. Por isso estamos ogrigados, por um dever certamente suavíssimos, a honrar e adorar, na Sagrada Hóstia que os nossos olhos veem, ao próprio Verbo Encarnado que els não podem ver, e que, sem ter deixado o céu, se tornou presente diante de nós.
27 – Confessamos igualmente que o Reino de Deus, começado aqui na terra na Igreja de Cristo, não é deste mundo,40 cuja figura passa, 41 e também que o seu crescimento próprio não pode ser confundido como progresso da cultura humana ou das ciências e artes técnicas; mas consiste em conhecer, cada vez mais profundamente, as riquezas insondáveis de Cristo, em esperar sempre com maior firmeza os bens eternos, em responder mais ardentemente ao amor de Deus, enfim em difundir-se cada vez mais largamente a graça e a santidade entre os homens. Mas com o mesmo amor, a Igreja é impelida a interessar-se continuamente pelo verdadeiro bem temporal dos homens. Pois, não cessando de advertir a todos os seus filhos que eles não possuem aqui na terra uma morada permanente, 42 estimula-os também a que contribuam, segundo as condições e os recursos de cada um, para o desenvolvimento da própria sociedade humana; promovam a justiça, a paz e a união fraterna entre os homens; e prestem ajuda a seus irmãos, sobretudo aos mais pobres e mais infelizes. Destarte, a grande solicitude com que a Igreja, Esposa de Cristo, acompanha as necessidades dos homens, isto é, suas alegrias e esperanças, dores e trabalhos, não é outra coisa senão o ardente desejo que a impele com força a estar presente junto deles, tencionando iluminá-los com a luz de Cristo, congregar e unir a todos n’Aquele que é seu único Salvador. Tal solicitude entretanto, jamais se deve interpretar como se a Igreja se acomodasse às coisas deste mundo, ou se tivesse resfriado no fervor com que ela mesma espera seu Senhor e o Reino eterno.
______________41. Cfr. 1Cor 7,31
42. Cfr. Hb 13,14.

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