"PORQUE ONDE ESTIVER O TEU TESOURO, ALI ESTARÁ O TEU CORAÇÃO". Mt 6,21

sexta-feira, 18 de junho de 2010

A Igreja dos novos ateus...

Em Pergunte e Responderemos de fevereiro de 2007, Dom Estêvão fez a seguinte reflexão sobre uma matéria posta na revista Época: “A Igreja dos novos ateus”.

Eis o artigo que Dom Estêvão tão bem aborda:

Em síntese: O ateísmo se propaga com a intenção de destruir a fé em Deus. Explica a origem do mundo pelo acaso e a origem da fé pelo medo do homem primitivo. O mundo sem religião seria um mundo de paz e melhores condições de vida do que o mundo orientado pela religião.

Tais alegações são falsas, pois o acaso não explica a harmonia e a grandiosidade do universo; a fé existe mesmo nos homens mais ilustrados da história; a ciência é incapaz de satisfazer a todas as aspirações congênitas do ser humano. A religião é um fator morigerador e moderador dos afetos humanos, verdade é que em nome da religião foi declarada guerra de povos a povos irmãos; isto, porém, não é devido à índole mesma da religião, mas à interpretação que lhe deram (ou não) os religiosos de determinada época.

* * *

A revista ÉPOCA, edição de 13/11/06, publicou uma reportagem intitulada “A Igreja dos novos ateus”, que apresenta facetas do ateísmo contemporâneo merecedores de consideração. Eis por que lhe serão dedicadas as páginas seguintes.

1. O Problema

O ateísmo parece querer desencadear nova ofensiva contra a religião, a fim de a extinguir da face da terra; não se contenta com o indiferentismo ou o agnosticismo, mas vai à guerra anti-religiosa. Segundo o instituto Gallup, em 2005 cerca de 2,5% da população mundial se declara atéia.

Três filósofos

Os expoentes dessa tendência são Danien Dennett, do qual será lançado no Brasil o livro “Quebrando o Desencanto”, Richard Dawkins, zoólogo britânico, que publicou a obra “The God Delusion” (A ilusão de Deus), arauto do evolucionismo, e Sam Harris, neurologista. Segundo a Associação Americana dos Livreiros, em 2005, as obras que se enquadram na categoria ‘céticos e ateus’ registram rápido desenvolvimento. A Sociedade dos Céticos publica uma revista mensal com a quinta maior tiragem entre as publicações especializadas nos Estados Unidos.

Segundo os neo-ateus, as pesquisas sobre a origem do universo incluindo o “big-bang” (a grande explosão inicial) não deixam lugar para um Deus Criador. O mundo se originou por acaso; nem todo efeito tem causa, dizem; um elétron pode mudar de lugar um átomo, sem intencionalidade divina. Com estes dados os ateus pretendem opor-se à Bíblia, que, para os crentes, ensina a criação do mundo em seis dias e o surto do gênero humano a partir de Adão e Eva. A religião impede o progresso da ciência, pois os crentes acusam os cientistas de brincar de Deus.

São citados alguns cientistas que de declararam ateus, como Charles Darwin (1809-1882): “Fui tomado lentamente pela descrença, que acabou sendo completa. A lentidão foi tamanha que não senti nenhuma aflição. Aliás mal consigo entender como alguém possa desejar que o cristianismo seja verdadeiro”.

Carl Sagan: (1934-1996): “Não é possível converter um crente de coisa alguma. Suas crenças não se baseiam em evidencias, mas na profunda necessidade de acreditar. É melhor compreender o universo como ele é do que persistir no engano, por mais satisfatório e tranqüilizador que seja”.

Não são levadas em conta as vozes de cientistas profundamente impregnados de fé. Cf. PR 393/1995, p. 57.

E como seria o mundo sem religião?
- Em tal caso, dizem, não haverá guerras de religião nem terrorismo, nem cruzadas. A fé faz mais mal que bem.

Um mundo sem fé não seria carente de Ética. A espiritualidade não está necessariamente ligada à religião. Em vez da adoração a Deus, haveria a admiração pelo mundo natural, pelas coisas belas que o mesmo revela à razão e ao sentido do ser humano. Com outras palavras: haveria o naturalismo. Grag Grafin, zoólogo da Universidade Comell (U.S.A.), fundador da banda punk Bad Religion, afirma: “Existe apenas esta vida. Então dê beleza e sentido a ela”.

O físico Albert Einstein terá declarado:Sou um profundo religioso não crente... O que vejo na natureza, é uma estrutura magnífica que podemos compreender apenas imperfeitamente. Isso deve encher a pessoa com uma sensação de humildade. Essa é uma emoção verdadeiramente religiosa, que nada tem a ver com misticismo”.

A SEGUIR... Em outra postagem, Dom Estêvão proporá 4 seguintes pontos.
Depois de ler tudo acima... Perguntamos agora...

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