Evangelizar, nunca foi ostentação de força física, esbanjamento de recursos econômicos ou mostragem de meios poderosos, como que para derrotar inimigos e impressionar os amigos. Missionário não é nenhum Rambo e nenhum Tarzan. A única força compatível dentro da evangelização é a do amor e da fé.
Por isso, o missionário de Cristo, hoje, não precisa se preocupar com o “ter”, mas apenas com o “ser”. Quanto ao “ter”, bastam-lhe um cajado (símbolo do profetismo), uma túnica (símbolo da proteção de Deus) e um par de sandálias (símbolo da caminhada). Quanto ao “ser”, ele necessita permanecer fiel à Verdade, que no Evangelho foi-lhe revelada; estar firme na fé, decidido na esperança e forte no amor.
Não é fácil, hoje, proclamar a Verdade de Cristo num mundo que aprendeu a navegar mares de ideologias mentirosas. Não é fácil proclamar a fé no Ressuscitado numa sociedade que se gaba de acreditar tão-somente na cor do dinheiro. Não é fácil proclamar a esperança no meio de comunidades tantas vezes decepcionadas por falsas promessas. Nem é fácil proclamar o amor ao homem tantas vezes provado pelo ódio e pela violência.
Também, não é fácil resistir à tentação de partir para o anúncio do Reino de Deus armados de agressividade, equipados de meios sofisticados e financiados com dinheiro de proveniência duvidosa...
Na é dito que sejamos obrigados a dispensar os Meios de Comunicação Social; nem é dito que precisemos desprezar um dinheiro honesto. Os meios podem servir e o dinheiro pode ajudar.
A força do anúncio e o êxito da missão, porém, não dependem deles, e sim da fé que em Cristo soubermos depositar.
De qualquer forma, como Paulo VI disse: “A Igreja existe para evangelizar”; não para se fechar em si mesma. Tanto mais hoje, perante o eclipse quase total dos verdadeiros valores da vida. E é bom lembrar que a Igreja somos todos nós...
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