"PORQUE ONDE ESTIVER O TEU TESOURO, ALI ESTARÁ O TEU CORAÇÃO". Mt 6,21

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Ressurreição de Cristo


É o dado central da pregação apostólica, fundamento da fé cristã. Sem ela, tudo teria acabado no Calvário. Os apóstolos e discípulos insistem em chamar a atenção para este fato tanto com contextos narrativos (é o caso dos evangelhos: Mt 28; Mc 16; Lc 24; Jo 20 e 21 e alguns outros textos, por exemplo, 1Cor 15,4-8) como em proclamações de fé, que são abundantíssimas: nelas a ressurreição é apresentada como glorificação ou exaltação de Jesus, como a ação pela quão o Pai o constitui Cristo e Senhor, causa e princípio de nossa própria glorificação (cf. At 2,24.33-36; 3,15; 4,8-12; 5,30.32; 10,39-43; 1Ts 1,9-10; 4,14; 1Cor 15,3-5.12-28; Rm 1,3-4; 4,24-25; 6,4; 8,11.29; 10,9; Cl 1,18 etc).
Com sua ressurreição Jesus inaugura o novo modo de existir. Nesta exaltação chegou à meta de sua encarnação divinizada; sua humanidade ultrapassa os limites espaço-temporais para ter o modo divino de existir; se toda sua existência é páscoa desde a encarnação, neste momento chega a seu ápice. Com razão é a páscoa e não a encarnação o centro do mistério de Cristo e de sua celebração na liturgia. Desde esse momento, Jesus, pelo Espírito Santo, nos comunica a participação na sua vida, de sorte que por sua ressurreição é a primícia de todos os que seremos glorificados (cf. 1Cor 15,20.23).
Aquilino de Pedro 

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