"PORQUE ONDE ESTIVER O TEU TESOURO, ALI ESTARÁ O TEU CORAÇÃO". Mt 6,21

quinta-feira, 7 de julho de 2011

As primeiras parábolas – As parábolas do Reino dos Céus


Lc 8,13; Mt 13; Mc 4

Agora chegou o momento de contar-lhes algumas parábolas de Jesus. O divino Mestre sabia revestir seus ensinamentos de belas imagens e fazia compreender coisas difíceis, com parábolas facílimas. Ninguém foi tão hábil como ele em idealizar tantas parábolas tão geniais e pitorescas.

As parábolas, entretanto, sobre o Reino dos Céus são oito: O semeador. O trigo que cresce na seara. A cizânia. A rede. O grãozinho de mostarda. O levedo. O tesouro escondido. A pérola preciosa.

Quando viu que seu auditório estava preparado para receber o Reino de Deus, Jesus começou a falar dele nas Sinagogas, nas cidades e ao longo das margens do lago. Em toda a parte explicava de que modo ele penetrava nos corações, como se desenvolvia, os contrastes que encontrava, que efeitos produzia, enfim, a separação que seria feita entre os bons, ou os filhos do Reino e os maus, ou os filhos do demônio. Temos assim o primeiro grupo de parábolas.

Veremos em seguida, outros dois grupos, onde as parábolas, são todas umas mais belas que as outras. Comecemos pela do Semeador:

Na estação oportuna, isto é, em novembro, saiu o semeador com a semente e a jogou a mãos cheias, no seu terreno bem arado. Algumas caíram no terreno batido dos caminhos, outras sobre as rochas e outras nas fortes raízes dos espinhos. As sementes caem sobre todo solo ao acaso; e o camponês volta para casa com a alma cheia de esperança.

Os grãos que caíram na estrada, ou foram esmagados pela gente que passava, ou rapidamente devoradas pelas aves do Céu. Jesus disse que quando uma pessoa escuta as palavras do Reino e não as guarda e, como que as esconde no seu coração, vem logo Satanás, o Espírito do mal e as leva para que não creia e não se salve.

A outra que caiu sobre a pedra, porque havia um pouco de terra, germinou, mas foi logo queimada pelos raios do sol. Jesus disse que assim acontecia com aqueles que, ao ouvir a palavra divina, se alegravam e faziam propósitos e programas muito belos, mas, apenas, surgisse as primeiras dificuldades, se retiravam, porque não tinham profundidade e sentimentos nem estabilidade.

As sementes que caíram entre os espinhos, cresceram bem, mas os espinhos as sufocaram e não produziram frutos. São como aqueles, disse Jesus, que escutam e compreendem a palavra de Deus, mas a deixam sufocar pelos pensamentos dos negócios, da comodidade, das riquezas e dos prazeres da vida; assim infelizmente, não produzem nada de bom.

Finalmente, as sementes caídas no bom terreno, crescem viçosas e darão frutos trinta, sessenta e cem por um. São como aqueles que guardam a palavra do Senhor no coração nobre e generoso e, perseverando, dão o fruto proporcionado.

Não basta pois ter bom coração e belos desejos, para pertencer ao Reino dos Céus; é necessário ser constante, perseverante no bem e defender-se atentamente, contra o perigo das riquezas, dos negócios e sobretudo da má e terrível paixão.
A que classe de pessoas vós pertenceis? À primeira, à segunda, à terceira, ou preparais o fruto de muitas obras boas?
Esta primeira parábola foi dita por Jesus diante de uma multidão composta de toda a espécie de pessoas, quando falava, de uma barca, certamente, a de Pedro. Depois gritou: “Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça!”

Ao discípulos, porém, explicou-a parte por parte. Relendo-a, estamos ouvido, verdadeiramente, uma prédica do divino Mestre.

A seguir: “O trigo que cresce no trigal”.

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