Continuação 3...
RACIOCÍNIO ERRADO
Alguém pensa assim: se Deus quer a salvação de todos, por que então criou o inferno?
Na realidade o inferno existe; surgiu da revolta contra Deus, que é amor total. Não foi inciativa de Deus. Deus quer a salvação de todos. O homem recusando Cristo como único salvador, e sua doutrina, constrói para si o inferno, preparando para o demônio e seus seguidores.
CASO TÍPICO DA RECUSA A CRISTO: Judas. Ele foi amado por Cristo como todos os apóstolos. Assistiu a todos os milagres. Por que traiu Jesus? Jesus fez de tudo para perdoar a Judas. Mas Judas NÃO ACEITOU o perdão que Jesus lhe oferecia. Antes de receber o beijo da traição, disse Jesus a Judas: “Amigo, para que estás aqui?” (Mt 26,50). E disse também, como em tom de súplica, par que se arrependesse: “Judas, com um beijo entregas o Filho do Homem?” (Lc 22,48).
Judas se desvinculou do Mestre e fugiu, recusando o convite do Senhor para receber o seu perdão.
Se Judas estiver no inferno, de quem é a culpa?
Deus quer a felicidade de todos. “O projeto de Deus, anunciado no Reino preparado por Ele, implica uma transformação radical no nosso modo de pensar e de agir como pessoas e como sociedade” (CR 193).
A MORTE REDENTORA DE CRISTO
Jesus se ofereceu, livremente, aos soldados para ser condenado e crucificado. Aqui está o valor de seu sacrifício.
Sabendo Jesus tudo o que lhe aconteceria, adiantou-se e lhe disse: “A quem procurais:” Responderam: “Jesus de Nazaré”. Disse-lhe: “Sou eu”.
Judas, o traidor, estava com eles também. Quando Jesus lhes disse: “SOU EU, recuaram e caíram por terra” (Jo 18,4-9). Isto para demonstrar a todos que Jesus não foi preso, mas se entregou, livremente.
Na caminhada para o Calvário, Jesus é maltratado, cuspido, ultrajado.
Diante de tudo, Jesus revela “toda doçura divina e toda paciência divina” (Sb 2,11-20), que somente Deus podia revelar, em tais circunstâncias.
Diante das zombarias, dos insultos, das blasfêmias, Jesus, do alto da cruz, assim responde: “Pai, perdoai-lhes, pois não sabem o que fazem” (Lc 23,34). Somente Deus podia agir assim.
- Jesus exclamou, em alta voz: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. Dito isto, expirou” (Lc 23,46).
VALOR DA MORTE DE CRISTO
O pecado dos primeiros pais e do de todos os homens do mundo constitui uma ofensa infinita a Deus. Para apagar esta ofensa infinita, precisava-se de uma reparação infinita. Jesus Cristo apagou esta ofensa.
Jesus se fez homem, se fez como que pecado em nosso lugar, e deu ao Pai, em nosso nome, uma reparação infinita e digna da honra do Pai.
“Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”, disse Jesus antes de morrer.
Jesus ofereceu ao Pai todos os seus sofrimentos, a sua Morte, como resgate pelos nossos pecados. O valor da morte do Cristo é infinito.
O pecado de toda a humanidade foi apagado.
A humanidade estava salva. O mundo voltou a ser amigo de Deus.
- Textos da Bíblia: “Não fostes resgatados dos vossos costumes fúteis herdados dos vossos pais e preço de coisas corruptíveis, como prata e ouro, mas pelo SANGUE PRECIOSO DE CRISTO, como de um cordeiro sem defeito e sem mácula” (1 Pd 18).
“Em Cristo, pelo seu SANGUE, temos nós a REDENÇÃO, a REMISSÃO DOS PECADOS, segundo as riquezas de sua graça” (Ef 1,7-8).
A seguir
JESUS RESSUSCITOU
O MISTÉRIO PASCAL
O REINO DE DEUS
Por Frei Battistini
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