"PORQUE ONDE ESTIVER O TEU TESOURO, ALI ESTARÁ O TEU CORAÇÃO". Mt 6,21

sábado, 1 de setembro de 2012

O dom do celibato no ministério sacerdotal...


Não se deve considerar a lei do celibato como violação dos direitos humanos, pois o candidato ao sacerdócio, que faz sua opção em idade adulta, não é detentor do direito de ser sacerdote; é-lhe possibilitado o casamento, se o quer, com também lhe é oferecido o sacerdócio desde que o aceite tal como lhe vem da parte do Senhor Deus através da Igreja.” (Mons. Crescêncio Sepe).

 
Não é, pois, intenção da Igreja abrir mão do celibato sacerdotal, que é plenamente justificado à luz do Novo Testamento (cf. 1Cor 7, 25-35; Mt 19,12) e que propicia ao padre maior liberdade interior, mais radical capacidade de amar a Deus e a todos os homens. São palavras do S. Padre João Paulo II aos Presidentes das Conferências Episcopais da Europa em 1º/12/1992:

“As palavras concernentes ao celibato por amor do Reino dos Céus estão relacionadas com a explicação que Cristo deu aos Apóstolos: ‘Nem todos entendem estas linguagem, mas, sim, aqueles a quem isto foi concedido’ (Mt 19,12). Neste contexto do Evangelho o celibato é dom para a pessoa e nesta, e graças a esta, é dom para a Igreja.

No tocante às vocações, a Igreja está exposta ao risco de provações especiais. Num mundo marcado por crescente secularização, tais provas são a consequência do ambiente geral... Facilmente temos a impressão de que aqui se exerce uma estratégia específica, cujo objetivo, entre outros, é afastar a Igreja da fidelidade ao seu Senhor e Esposo.

Todavia o Senhor é fiel à sua Aliança, e opera por meio do Espírito Santo, que ajuda a superar o espírito deste mundo e considerar o celibato pelo Reino de Deus como uma opção de vida frente às debilidades e estratégias humanas. É preciso tão somente que não desanimemos e não criemos em torno a essa vocação e opção um clima de desalento. A Igreja Católica estima as outras tradições, particularmente as das Igrejas do Oriente, mas quer permanecer fiel ao carisma que recebeu do seu Senhor e Mestre”. (Estêvão Bettencourt O.S.B.)

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