"PORQUE ONDE ESTIVER O TEU TESOURO, ALI ESTARÁ O TEU CORAÇÃO". Mt 6,21

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

17. Concílio de Ferrara-Florença (1438-1445)


Marinho V, desejoso de continuar a obra dos Concílios anteriores, convocou um Concílio Ecumênico para Basiléia (Suíça) em 1431. Eis, porém, que os padres em Basiléia reafirmaram o conciliarismo, rejeitado anteriormente – o que provocou conflitos entre a assembléia de Basiléia e o sucessor de Martinho V, que era Eugênio IV. Em consequência, este Papa resolveu dissolver o Concílio de Basiléia e convocar outro para Ferrara em 1438; esta assembleia teria por principal objetivo promover a reunião de gregos e latinos.
O Concílio de Ferrara, aberto aos 10/01/1438, contou com a presença do Imperador bizantino João o Paleólogo e de sua comitiva. Desabonou as resoluções do Concílio de Basiléia. A peste tendo surgido em Ferrara, o Papa Eugênio IV transferiu a assembleia para Florença. O tema principal dos estudos foi a extinção do cisma: após prolongadas conversações, os conciliares puseram-se de acordo sobre os pontos teológicos e disciplinares controvertidos, assinando a Bula Laetentur caeli de 0//07/1439. Também voltaram à unidade da Igreja cristãos monofisistas (coptas, etíopes e armênios).
Em fins de 1442, já tendo partido os gregos, o Papa transferiu o Concílio para Roma. Nesta cidade, ainda voltaram à unida da Igreja os monofisistas da Mesopotâmia, alguns grupos de nestorianos (caldeus) e de maronitas (monotelitas) da ilha de Chipre.
Infelizmente, a união com Bizâncio foi efêmera, pois os prelados do Patriarcado de Constantinopla se recusaram aceitá-la.
Dom Estêvão Bettencourt O.S.B.

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