"PORQUE ONDE ESTIVER O TEU TESOURO, ALI ESTARÁ O TEU CORAÇÃO". Mt 6,21

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

18. Concílio do Latrão V (1512-1517)


A vida da Igreja, após o Concílio de Ferrara-Florença, viu-se agitada por causas diversas: persistência de correntes conciliares, que eram fomentadas pelos monarcas desejosos de criar Igrejas nacionais independentes de Roma...; além do que, havia necessidade de sérias medidas disciplinares.
Diante disto, o Papa Júlio II convocou mais um Concílio Ecumênico, que foi inaugurado aos 03/05/1512 e só se encerrou aos 16/03/1517 sob o pontificado do Papa Leão X. Condenou a Pragmática Sanção de Bourges, declaração que favorecia a criação de uma Igreja Nacional de França. Com isto o conciliarismo foi mais uma vez rejeitado. Em lugar de tal documento, a Santa Sé e a França assinaram uma Concordata que regulamentava as relações entre os dois Estados.
No setor doutrinal o Concílio tomou posição de grande importância, condenando a tese segundo a qual a alma humana é mortal e uma só para todos os homens; tal tese, segundo o seu autor Pietro Pomponazzi, seria verídica no plano filosófico, ainda que falsa no plano teológico. – Foram outrossim tomadas medidas disciplinares relativas ao clero (seus estudos e sua formação) e à pregação; exigiu-se o Imprimatur para livros que versassem sobre fé ou teologia; seria queimado todo livro não munido da devida permissão.
Infelizmente, as resoluções do Concílio, oportunas como eram, não encontraram eco nos diversos países católicos, pois o clima da época, bafejado por cultura pagã, dificultava uma séria e profunda conversão dos cristãos. Como quer que seja, o Concílio do Latrão V preparou a grande Reforma da Igreja, promulgada pelo de Trento.
Dom Estêvão Bettencourt O.S.B.

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