"PORQUE ONDE ESTIVER O TEU TESOURO, ALI ESTARÁ O TEU CORAÇÃO". Mt 6,21

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Dom Estêvão faz a conclusão sobre o tema: Os 21 Concílios Ecumênicos...

CONCLUSÃO

Quatro observações parecem oportunas à margem da história dos Concílios:

1) Os Concílios refletem nitidamente a história da Igreja e seus embates. Foram solenes assembleias em que a Igreja comunitariamente se voltou para os desafios que a caminhada através dos tempos lhe suscitava. As decisões dos Concílios, por isto, hão de ser lidas e compreendidas sempre à luz do respectivo contexto histórico.
2) Os primeiros Concílios eram convocados pelos Imperadores e não pelo bispo de Roma ou o Papa. A Igreja, em seus primeiros séculos, embora fosse confiada a Pedro, não podia ter governo tão centralizado como o teve a partir da Idade Média, visto que as comunicações eram outrora difíceis entre Oriente e Ocidente. Contudo, para que as definições dos Concílios tivessem autoridade, foi sempre necessário que o bispo de Roma as aprovasse e confirmasse. Nenhum Concílio tem poder de decisão sem a participação e o apoio do Papa, ainda que esta aprovação lhe seja dada depois de realizado o Concílio.
3) A teoria conciliarista, que pretendia estabelecer os Concílios acima dos Papas, não representava o pensamento tradicional da Igreja e, por isso, não prevaleceu. Violava o conceito de Igreja, sacramento e dom de Deus, em favor da concepção de Igreja, sociedade meramente humana ou “república”.
4) Quem estuda a história dos Concílios (infelizmente a que vai proposta nestas páginas, teve de ser resumida ao extremo), tem a ocasião de reconhecer a ação de Deus entre os homens. A Igreja subsiste até hoje não por causa dos valores dos homens que a integram (estes valores existiram e existem, sem dúvida!), mas por causa da presença eficaz de Deus que a sustenta através dos séculos.

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