Padre Virgílio
O galho separado da árvore é o triste retrato do individualismo. A árvore, no esplendor de sua inteireza, é o formoso retrato da união.
O individualismo prepara a morte prematura da comunidade e da vida cristã, bem como do próprio amor e da própria fé. A comunhão fraterna é o canteiro onde a comunidade e a vida cristã crescem e se tornam fermento no meio da massa; onde o amor e a fé deitam raízes profundas e acabam virando forças poderosas a transformar o mundo.
O individualismo é tristeza, a união é alegria. O individualismo é fraqueza, a união é força. O individualismo é improdutividade, a união é fecundidade. O individualismo é imobilismo, a união é caminhada. O individualismo é egoísmo, a união é amor. O individualismo é solidão, a união é estar com Cristo e com os irmãos. O individualismo é morte, a união é vida.
Por isso, hoje mais do que nunca, a palavra de ordem para os cristãos é: “Permanecer em Cristo!”
É bem verdade que “permanecer em Cristo” pode incomodar e muito, pois significa repercorrer os caminhos da Galiléia, da Judéia ou da Samaria, a serviço dos irmãos. Significa frequentar os doentes e perdoar os ofensores; enfrentar os injustos e segurar a mãos dos violentos; aguentar com firmeza os momentos de agonia e velar com fidelidade no Jardim das Oliveiras; subir o Calvário e ser pregado na cruz; cultivar a esperança mesmo perante a escuridão do sepulcro...
Mas significa também vencer com Cristo e experimentar a suprema alegria de ressuscitar com ele.
De qualquer forma, somos filhos da Trindade, que coexiste, vive e age na unidade, e que não admite divórcios ou separações; e somos irmãos daquele que, para manter-nos unidos, deu a vida na cruz. Não poderíamos renegar nossa origem e nosso parentesco, entregando-nos ao individualismo e a desunião.
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