Num antigo hino da liturgia bizantina, leem-se essas palavras dirigidas à Mãe do Ressuscitado: “Ave, coluna de fogo a guiar os que caminham nas trevas”. E um ícone do século XIV venerado no monte Athos; representa a Virgem de pé segurando na mão esquerda um grande círio pascal, em cuja chama aparece a imagem de Cristo. Ela avança, vitoriosa e materna, para a beira de um abismo em cuja abertura assomam os primeiros retornados à vida. Que símbolos tão expressivos da participação da Mãe de Deus no Mistério Pascal que sempre, exultantes celebramos!
A Igreja latina prefere congratular-se perdidamente com a Mãe feliz do Ressuscitado. “Rainha do céu, alegrai-vos. Aleluia! O Senhor que merecestes trazer no vosso seio, ressuscitou de verdade. Aleluia!” nossa iconografia se compraz em imaginar algo do encontro de Jesus redivivo com a Mãezinha fiel para além da morte.
Oriente e Ocidente, irmanados como os dois pulmões da Igreja, respiram esse ar de Páscoa sem dissociar por um momento o triunfo do Filho da felicidade da Mãe.
Se Maria é a condutora do novo êxodo do povo cristão, é porque ela nos precede sempre em pós Jesus.
Se o Cristo é a esplêndida luz da ressurreição e da glória do Pai, Maria é o humilde facho que trouxe essa chama para a casa dos homens, na Encarnação. (Pe. Virgílio)
Neste mês dedicado à Maria, certamente a Igreja será ainda mais abençoada e protegida por Ela, que nunca, em momento algum tira os olhos dos seus filhos! Sabemos que Maria olha por todos e por cada um de nós! Maria tem seus olhos e coração voltados para as dificuldades da Igreja e do Mundo inteiro...
Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós!
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