"PORQUE ONDE ESTIVER O TEU TESOURO, ALI ESTARÁ O TEU CORAÇÃO". Mt 6,21

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Ruídos na celebração...




Cantar a Liturgia como se deve é difícil, por isso estamos sempre aprendendo, tentado melhorar. Muitas vezes ouvimos a palavra: animação. Qual seria o significado dela com relação à música litúrgica, ao canto durante a Celebração?

Confundimos animação com bater palmas, dançar, na execução de todos os cantos. Também pode acontecer que alguém do grupo de canto resolva “animar” falando palavras de ordem, insinuando a letra a ser cantada como também os gestos a serem imitados.

Na verdade tudo isso provoca um corte na atitude orante das pessoas, abafando a liberdade pessoal na ritualidade, na gestualidade.

O canto litúrgico não foi feito para “animar” a assembléia, mas para motivá-la para o encontro e o sentido da Liturgia do dia. Melhor nos explica, Pe. Osmar, assessor nacional da CNBB – Setor Música, com estas palavras:

”A questão da "animação":

Primeiramente, vem do não conhecimento do significado da palavra. Ela vem de "animus" (latim) = "anima" = alma. Daí ânimo, animação, animado...

No fundo, provocar a animação da assembléia, é colocar alma nela, isto é, levá-la a entrar dentro do clima da celebração, motivá-la para o encontro e o sentido da Liturgia do dia, para que ela possa celebrar "COM ALMA".

Para isso, não significa um canto ritmado, festivo, "pra cima", embalado com gestos, palmas e palavras de ordem... Às vezes um simples refrão contemplativo pode nos levar ao "espírito" da celebração.

Em segundo lugar, o que está entrando hoje nas celebrações verdadeiramente litúrgicas é o criar o clima de oração, colocar a assembléia em espírito de oração para a celebração através de refrãos contemplativos. O importante é o criar o "animus" da assembléia. Isso é animação”.

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