O Dogma da Santíssima Trindade é um mistério que atinge, se refere diretamente à natureza íntima de Deus. Ora, Deus transcendendo, superando infinitamente a natureza humana, não pode ser compreendido pela inteligência do homem, limitada e finita. É possível uma concha de cozinha caber toda a água do mar?
Contudo, podemos demonstrar e entender que este Mistério não é contrário à nossa razão, como alguns, a jejum das coisas de Deus e da reta filosofia, quiseram afirmar.
Santo Agostinho encontra uma analogia entre a Santíssima Trindade e todo ser humano.
De fato, o homem, sendo feito a imagem de Deus, e Deus sendo Trindade, deve haver no homem algo que se pareça com a Santíssima Trindade. “Façamos o homem a nossa imagem e semelhança” Gn 1,28.
Santo Agostinho faz este raciocínio:
EU SOU – EU PENSO – EU AMO.
São três ações, três operações diferentes, mas que existem na ÚNICA PESSOA.
O MEU SER é diferente do meu pensar. E contudo é a ÚNICA pessoa que é e que PENSA.
O MEU PENSAR é diferente do meu “AMAR”. E, contudo, existem na ÚNICA PESSOA.
O MEU AMAR é diferente do meu SER e do meu PENSAR. E contudo, existe na ÚNICA PESSOA.
Transferindo o mesmo raciocínio para o mistério da Santíssima Trindade:
“Quase pronunciando a si mesmo o Pai gera o Verbo, igual a si, em tudo e por tudo” S. Agostinho. A Geração do Verbo existe não no tempo, pois o tempo é criatura de Deus, mas “ab aeterno”, desde a eternidade.
Entre o Pai e o Verbo há a unidade de substância e de Amor.
O Amor entre o Pai e o Verbo é ação substancial. Este Amor é o Espírito Santo.
Claro, são analogias, mas suficientes para compreender a perfeita racionalidade e lógica do mistério da Santíssima Trindade.
A seguir: A SANTÍSSIMA TRINDADE E O CRISTÃO
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