"PORQUE ONDE ESTIVER O TEU TESOURO, ALI ESTARÁ O TEU CORAÇÃO". Mt 6,21

terça-feira, 3 de abril de 2012

A Paixão – Jesus condenado pelo Sinédrio

Mt 26,57-66; 27,1-10; Mc 14,53-65; 15,1;  Lc 22,54-71; Jo 18,12-27
O Sinédrio, isto é, o supremo tribunal dos judeus, não obstante a hora matutina, estava quase completo. Sentavam-se em semicírculo os sacerdotes, os anciãos e os escribas; no meio, estava o Sumo Sacerdote, Caifás. Na frente, as testemunhas, ao lado os escrivães e no centro, o réu, que, desta vez, era o nosso Santíssimo Jesus.
A sessão podia ser longa e laboriosa, mas ao contrário, teve um epílogo muito breve.
As testemunhas eram falsas e compradas. Eram em grande número mas, no momento de depor, não estavam de acordo. Não puderam pois encontrar um argumento preciso para atacar o nosso Redentor.
Finalmente, eis duas testemunhas que parece serviriam para o caso. Elas apresentavam uma gravíssima acusação: Afirmavam que Jesus tinha pronunciado palavras contra o Templo. Dizer palavras contra o Templo, equivalia a blasfemar contra o verdadeiro Deus; portanto era uma culpa que devia ser punida com a pena de morte.
Uma das testemunhas afirmava:
- “Eu o ouvi dizer: - Destruirei este Templo e o reconstruirei em três dias”.
E o outro dizia: - “Não, ele disse: “Eu destruirei este Templo feito pelas mãos do homem e, em três dias edificarei outro, não feito pelas mãos do homem”.
Como vocês veem, nem mesmo estas duas testemunhas estavam bem de acordo. Eles não tinham compreendido, que Jesus falava do seu Sagrado Corpo. Os homens não o destruiriam, dando-lhe a morte porque ele com sua própria virtude ressuscitaria no terceiro dia.
Em sua, não despronunciou. Ao contrário, Caifás, o Sumo Sacerdote, queria encontrar qualquer motivo para condenar Jesus. Por isso, levantando-se no meio do Conselho e tentando uma resposta de Jesus, disse:
- “Não respondes nada? Que é isso que dizem de ti?”
Mas Jesus não respondeu.
Finalmente Caifás teve uma ideia, que pareceu a propósito. “Por que, disse consigo, não lhe perguntam se é o Filho de Deus? Ele o disse muitas vezes”.
Uma resposta sobre este assunto, dificilmente fugiria a uma gravíssima censura. Assim, de pé, em atitude de grande solenidade, perguntou com juramento:
- “Eu te conjuro, pelo Deus vivo a dizer-nos se tu és o Cristo, o Filho de Deus!”
Jesus, sabendo que a resposta a essa pergunta o levaria à morte, falou. Falou porque assim o exigia a honra do Pai Celeste e também porque o exigia sua dignidade. Disse, pois, francamente:
- “Sim, como tu dizes, eu o sou. E também vos declaro, que vereis o Filho do homem sentado à mão direita do poder de Deus, vir sobre as nuvens do Céu”.
- “Tu blasfemaste!”
E, voltando-se para os assistentes, acrescentou:
- “De que testemunhas precisamos mais? Eis que vós mesmos ouvistes a blasfêmia! O que vos parece?”
E todos aqueles, numa só voz, ulularam: - “É réu de morte!”
E assim, o nosso inocentíssimo Senhor foi condenado a morrer. Ele quis morrer para nos dar a vida! A vida eterna! Todos os pecadores, mesmo os mais malvados e perdidos, devem esperar o perdão e a salvação. Para eles há a remissão e a absolvição, porque sua condenação a tomou sobre si, Jesus, nosso Redentor.
A seguir a reação de Judas.

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