Todos os pecadores, mesmo os mais malvados e perdidos, devem esperar o perdão e a salvação. Para eles há a remissão e a absolvição, porque sua condenação a tomou sobre si, Jesus, nosso Redentor...
Oh! se Judas tivesse pensado também nisto!
Vendo que Jesus estava condenado, ele compreendeu o horror do seu delito. Queria repará-lo de qualquer maneira. Levou o dinheiro aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos dizendo:
- “Pequei traindo o Sangue do Justo!”
Mas eles responderam:
- “E que nos importa isso? Arranja-te!”
Entoa Judas atirou ao chão aquele dinheiro maldito, e, desesperado saiu da cidade e se enforcou.
Mas, por que não se lembrou naquele instante dos ensinamentos do Mestre? A parábola do filho pródigo? Se voltasse a Jesus e dissesse: “Mestre, Mestre, meu, perdoa-me! Pequei contra o Céu e contra ti!”
Ou, não tendo coragem, fosse procurar ao menos a Mãe Santíssima do Senhor e lhe dissesse:
- “Senhora, traí teu Filho Divino! Não me expulses! Dá-me refúgio na profundidade do teu coração!”
Os fariseus e os príncipes dos sacerdotes, serviram-se de Judas e depois não quiseram mais saber dele. Disseram-lhe encolhendo os ombros:
- “O que nos importa?”
Assim faz o mundo, o demônio! Jesus, ao contrário, ofereceu ao Pai o preço da sua vida por nós e nos convida dizendo: “Vinde a mim vós todos que sofreis e estais oprimidos e eu vos consolarei”.
Digam muitas vezes: “Minha alma, não confies no mundo, que é sempre traidor!”
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